sábado, 13 de março de 2010


Justiça nega bloqueio de contas da Bancoop; juiz condena uso político da investigação 
A Justiça negou na última sexta-feira o bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente da cooperativa e atual secretário Nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto. Nenhum dos pedidos do promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, foi acatado.
No despacho em que negou o bloqueio de contas da Bancoop e recusou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente da cooperativa, João Vaccari Neto, o juiz Carlos Eduardo Lora Franco afirmou que as investigações sobre a entidade não podem ser “contaminadas” pelo ambiente político do ano eleitoral nem para manipular opinião pública.
Os pedidos haviam sido feitos pelo promotor José Carlos Blat – que tem usado a imprensa na tentativa de envolver o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus integrantes no processo que investiga a administração da Bancoop.
Na avaliação do juiz, o contexto eleitoral “reforça ainda mais a necessidade de cautela e rigor no exame dos requerimentos formulados, justamente para que tal atmosfera política não venha a contaminar a presente investigação ou, noutro sentido, que esta não venha a ser utilizada por terceiros para manipulação da opinião pública por propósitos políticos”.
O despacho também questiona os procedimentos de Blat, que faz uma série de afirmações sem demonstrar em quais elementos estas se sustentam. “A manifestação apresentada pelo Ministério Público descreve uma série de fatos e circunstâncias, narrando como seria o suposto esquema de desvio de valores da Bancoop, inclusive para fins de financiamento ilícito de campanhas políticas. (...) Porém, não há em tal manifestação a indicação clara e precisa dos elementos de prova dos autos que sustentam tal narrativa, bem como os pedidos formulados”, constata o juiz.
O deputado José Genoino (PT-SP), vice-líder do partido na Câmara, elogiou a decisão da Justiça. “Essas denúncias são resultado de uma aliança política de setores da mídia e da oposição com interesses eleitorais e partidários. É bom que se contenha esse tipo de situação em um ano de eleição. Não pode haver essa partidarização das instituições do Estado”, afirmou. 

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