segunda-feira, 22 de março de 2010

Serra & Maluf tudo a ver!

Zé Nosferatu - vida e obra!







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Agnelo Queiroz

Com a vitória nesse domingo do ex-ministro de Esportes, Agnelo Queiroz, na prévia que escolheu o candidato do PT a governador de Brasília, já são nove os nomes escolhidos entre os da própria legenda que podem disputar a reeleição e os que encabeçam as chapas nos Estados onde os petistas terão canditados próprios.




A vitória de Agnelo reafirma o caráter profundamente democrático e militante do PT, seu pluralismo e vigor partidários mas, também - e  infelizmente - o recurso de certos setores da legenda à baixaria, fazendo eco, muitas vezes e mesmo que involuntariamente, às denúncias de nossos adversários.


Mas, nada tira o brilho da vitória de todo o partido. Espero que o PT-Brasília agora marche unido rumo à vitória perfeitamente possível e que está em nossas mãos no Distrito Federal (DF). Agora, para confirmá-la, é fazer uma pré campanha nas ruas, visitando cada brasiliense e levando uma mensagem de esperança com propostas não apenas para reestruturar todo o aparato administrativo e de governo da capital da República mas, também, de retomada de políticas públicas universais abandonada no DF nos anos de governo da coalizão de direita formada pelo DEM-PSDB-PPS.


Precisamos retomar nossa aliança com os partidos de esquerda - PSB, PDT e PC do B - e construir não só uma chapa, mas um programa para resgatar Brasília para sua gente e o Brasil. Precisamos, então, ampliar as alianças não apenas no arco partidário, mas principalmente na sociedade civil da capital, entre as entidades e movimentos sociais, empresários e profissionais de todas as áreas. Temos de mobilizar a cidade para tomar seus destinos em suas mãos.


Santa Catarina, um exemplo


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Ideli Salvatti
Em Santa Catarina um palanque forte foi construído pela senadora Ideli Salvatti, que se destacou na liderança do PT e do governo no Senado como uma defensora do partido e da gestão Lula. No fim de semana (sábado), no encerramento do Congresso Estadual do PT-SC em Florianópolis, ela reuniu nada menos que 12 partidos - alguns, até que terão candidatos próprios a governador enviaram representantes para prestigiá-la.

O ato constituiu, assim, uma afirmação de sua liderança e a reafirmação de sua candidatura que contrastam com a crise vivida pela coalizão do PMDB-PSDB-DEM, com seu candidato (ou ex) a governador, o vice tucano Leonel Pavam afundado em denúncias cada dia mais graves, e a aliança de direita destroçada pela disputa entre a candidatura do DEM e do PMDB.

Suspeito de ser o beneficiário do pagamento de uma propina de R$ 100 mil por favorecer uma empresa, Pavan foi investigado e processado pela Polícia Federal (e denunciado a Assembléia Legislativa) por improbidade administrativa e tráfico de influência, além de estar envolvido em suspeitas de lavagem de dinheiro e ligações com o narcotráfico.







Nove candidatos só à espera das convenções oficiais

Dessa forma, o PT já chegou à definição de candidatos em nove Estados, entre os governadores que podem disputar a reeleição e aqueles que serão cabeça de chapa (leia nota abaixo ).
Além de Agnelo no DF e Ideli em SC, temos também definidos os governadores que disputam a reeleição - Jaques Wagner (BA); Marcelo Deda (SE) e Ana Júlia Carepa (PA); do que comandará a continuidade do partido no governo, Tião Viana (AC); e dos candidatos petistas do RS, Tarso Genro; de SP, Aloizio Mercadante; e do MS, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.

Foto Agnelo: Marcos Wilson/ PT-DF
Foto Salvatti: Janine Moraes/ABr

Dieese: 80% dos salários subiram mais que a inflação em 2009

A política de valorização do salário mínimo adotada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não beneficia apenas os que recebem o piso nacional. Também tem impacto positivo nas negociações salariais de categorias que recebem salários superiores ao mínimo.

A constatação é do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou na semana passada o balanço das negociações salariais de 2009. A pesquisa revelou que, mesmo com a crise econômica internacional, 80% das categorias afetadas obtiveram aumento real de salário, conquistando reajuste acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), apurado pelo IBGE.

O Dieese constatou ainda que, apesar da desaceleração de 0,2% registrada na economia em 2009, os contratos dos trabalhadores do setor de serviços com ganho real avançaram 11,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A pesquisa abrange 692 negociações realizadas nas diferentes regiões e em todos os setores da economia (indústria, comércio e serviços), com exceção da agropecuária.

Na avaliação do vice-presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, do deputado Vicentinho (PT-SP), a pesquisa do Dieese revela a tranquilidade do mercado de trabalho e a confiança que a classe empresarial tem nas políticas econômicas do governo Lula. “O resultado é excepcional e mostra que na nossa economia é sólida e continua em pleno desenvolvimento. E o mais importante: os trabalhadores estão sendo valorizados por parte dos empresários”, afirmou. Vicentinho destacou ainda que gerar emprego e garantir bons salários é “um desafio e uma bandeira do nosso governo”.

Para a deputada Emília Fernandes (PT-RS), também da Comissão de Trabalho, a inciativa privada superou o período da crise financeira internacional, sustentada pela política adotada pelo governo Lula. “Por isso é possível manter o curso do desenvolvimento econômico com recuperação salarial e valorização dos trabalhadores”. Ela enfatiza que foi muito positivo o ganho real da massa trabalhadora ter avançado 11,1 pontos, mesmo com uma desaceleração de 0,2% da economia no ano passado. “O nosso mercado de trabalho está vivendo uma fase muito boa, com ganho real na iniciativa privada para a maioria das categorias e com um salário mínimo que já chegou a US$ 200”, acrescentou Emília, lembrando que a meta do governo Lula era subir o mínimo para U$ 100.

Nosferatu paulista "o meu", ataca novamente!




Ao invés da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, fiscalizar e combater o trafico de drogas, armas, e outras infrações menos graves, como dirigir embriagado, sem habilitação etcetara e tal, que ocorre com frequencia nas rodovias paulistas eles pararam ônibus de professores vindos do interior pra tentar evitar que ocorrece na Paulista a maior assembleia da categoria.

O Serra deveria negociar, ficaria menos feio... mas uma vez autoritário, sempre autoritário!

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Presente de aniversário para José Serra


Por Alatmiro Borges

Amanhã, 19 de março, José Serra completa 68 anos. Nos últimos dias, ele só recebeu péssimas notícias: caiu nas pesquisas, enquanto Dilma Rousseff teve um crescimento vertiginoso; a greve dos professores ganhou força; manifestantes lançaram ovos contra a sua comitiva; ninguém topa ser seu vice. Para aliviar a barra na data do seu aniversário, o jornalista Paulo Henrique Amorim, do sítio Conversa Afiada, publicou uma bela poesia enviada por um internauta. Um gesto singelo e carinhoso. Reproduzo o poema, inspirado na música “Águas de março” de Tom Jobim:


É Zé, é pedágio, é o fim do caminho
É um resto de estrada, só paga um tiquinho
É um morro caindo, é a chuva, é a lama
É a noite, é a morte, é a enxurrada, é a administração do prefeito que nada sabe.
É alagado no Romano, é no Jardim Pantanal
Tietê, marginal, é toda capital
É um morro caindo, sem contenção
É barro no rosto, são corpos no chão
É a chuva caindo, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, é a quebradeira
É a chuva chovendo, é desespero na ribeira
E as represas da Sabesp, soltando a lameira
Era um pé, era são, se encheu de bicheira depois que secou toda lameira
Era um tucano abusado, bem garbosão
Gostava de jato, mas se estrepou no nortão
Era uma ave boêmia que afundou na eleição
É o fundo do bolso, é pedágio no caminho
No bolso o desgosto, ficou zeradinho
É estúpido, é estúpido, é um pedágio, é um pedágio
É um pingo pingando, é um desespero aqui dentro, lá vem de novo o dilúvio da Serra Tuitera
É um peixe, é um visa, é um HC de “bobeira”
É a bicicleta da Soninha, sem a roda traseira
É a bicheira, é o rato, é a tábua quebrada
É a garrafa vazia, da radialista chapada
Era um sonho de casa, era uma cama macia
É o carro perdido, na lama, na lama
Era um bom lugar, tinha uma ponte bacana, um rio com peixes, nas margens tinha grama
Agora é um resto de mato, destroços e lama
É o fim dos tucanos no próximo verão
E a promessa de surra na próxima eleição.
É uma cobra, é um poste, é Gilberto, é José
É um espinho na carne, de toda cidade
É o fim dos tucanos no próximo verão
E a promessa de surra na próxima eleição.

(Tom, mil perdões!!!)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Líder do PT:Ciro está do nosso lado, apesar de suas críticas




"A cada pesquisa, eles dizem que Dilma bateu no teto. É o jeito do PSDB. Eu entendo o desespero deles. E também uma arrogância grande", ironiza o deputado petista Cândido Vaccarezza

Eliano Jorge


Se os ataques do deputado Ciro Gomes, do PSB, enfim convenceram o PT a desistir de tê-lo encabeçando uma chapa de candidatura ao governo de São Paulo, eles não inviabilizam a aliança com os petistas em âmbito nacional.

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Cândido Vaccarezza, contemporiza e conserta qualquer sinal de rachaduras. "Não vamos levar em consideração as críticas que ele fez ao PT. O Ciro tem um jeito próprio de ser. Estou entre aqueles que acham que o Ciro está do nosso lado. Como ele mesmo disse, faz parte do campo do Lula. Então, não convém a gente ficar esgrimando entre nós. Ele fala, mas tem horas que a gente diz coisas que não quer dizer", contornou, em entrevista a Terra Magazine.


Reviravoltas são pouco prováveis, na opinião de Vaccarezza. "No quadro atual, não existe mais a hipótese do Ciro Gomes ser o candidato em São Paulo. Ele mesmo deixou claro que não quer. Já tinha falado, semana retrasada, comigo e deu a resposta claramente pelos jornais. Acredito que é definitivo. Se não fosse, ele não falaria do jeito que ele falou, publicamente", analisa.

A tão comentada reunião entre Ciro e Lula segue em suspensão. "Não sei, aí é a agenda do presidente. Não sei se o presidente vai se reunir com ele", diz o deputado federal. Assuntos para uma conversa de acertos, a dupla tem. "Deve ter", esquiva-se Vaccarezza.


Corrida presidencial

O parlamentar petista recorre a uma suposta vantagem do governador paulista José Serra, do PSDB, justamente para retirar importância do aguardado anúncio de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, que é propalada pelos tucanos como um marco para seu crescimento na corrida presidencial.

- Não tem nada a ver ele anunciar com a situação dele na pesquisa. Ele é o mais conhecido. A própria pesquisa responde essa pergunta. "Quem é o candidato mais conhecido? José Serra". Ele é mais conhecido do que a Dilma (Rousseff, pré-candidata petista). Então, ela não está crescendo porque ele não anunciou.

Vaccarezza acredita que a própria falta de pressa de Serra em oficializar sua pré-candidatura confirma essa tese. "Anunciar ou não anunciar é secundário. Ele sabe disso. Tanto é que não está preocupado com isso".

Sondagens de intenção de voto indicam que a diferença entre o governador e a ministra da Casa Civil vem se reduzindo. Estudo da CNI/Ibope, divulgado nessa quarta-feira, 17, contabiliza 35% para Serra e 30% para Dilma.

"A cada pesquisa, eles dizem que ela bateu no teto. É o jeito do PSDB", ironiza Vaccarezza, em referência ao discurso tucano, que costuma diagnosticar limites do avanço de Dilma. "Eu entendo o desespero deles. E também uma arrogância grande, né?".

O líder do PT descarta qualquer estimativa. "Não. Nós temos que fazer o nosso trabalho. Pesquisa não resolve a eleição. O que resolve é eleição".

Acusações

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou, nesta quarta-feira, 17, que a ministra antecipou sua campanha e usa ilegalmente recursos públicos para isso, como avião presidencial, combustível do governo, além de claque do presidente Lula.

Cândido Vaccarezza retruca: "Acho uma pena que a oposição no Brasil, em vez de discutir projetos, fique atacando inverdades contra as pessoas. Acho lamentável a conduta da oposição. O povo não gosta disso."

Ele não confirma se o partido tomará providências em relação a essas acusações. "Nossa ação é desenvolver o País, criar empregos, gerar desenvolvimento, distribuir renda, fazer propostas, projeto para tornar o Brasil uma potência mundial, diferente deles".

A
 resposta às críticas vem na insistente estratégia de comparar as administrações tucana e petista. "Só os empregos criados no mês de fevereiro (de 2010) correspondem a dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Foram 209 mil empregos. Até agora, o Lula já criou dez vezes mais empregos do que nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Dez vezes mais! Até o final do ano, vai multiplicar um pouco mais", provoca.

Serra leva ovada. Ele sai do Governo com greve de professores. Bye-bye

fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=28690

Saiu no PiG (*):Folha mostra seguranças de Serra ao aproximar o povo do presidente eleito / Foto: Ernesto Rodrigues
Folha mostra seguranças de Serra ao aproximar o povo do presidente eleito / Foto: Ernesto Rodrigues
Grupo interrompeu discurso do governador aos gritos de “Dilma presidente”; na saída, carro oficial foi atingido por ovo
Levantamento em 108 escolas mostra que 42 (38,5%) foram afetadas pela greve; em 66 (61,5%) todos os docentes trabalharam normalmente
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA RIBEIRÃO
DA AGÊNCIA FOLHA
DO “AGORA”
O governador José Serra (PSDB) foi hostilizado ontem por manifestantes durante a inauguração de uma escola em Francisco Morato, na Grande SP. Na saída, o grupo lançou um ovo contra o carro de Serra.
Os cerca de 50 manifestantes chegaram à Etec (escola técnica) aproximadamente uma hora e meia antes de Serra -na maioria, eram professores temporários ligados à Apeoesp, o sindicato dos docentes da rede estadual; a categoria faz greve desde a semana passada.
Impedidos de entrar, eles gritaram palavras de ordem quando o carro do governador chegou e parou dentro da escola.
Enquanto Serra fazia um discurso em que pregava a “libertação pela sala de aula”, cinco manifestantes que conseguiram entrar na escola o interromperam aos gritos de “Brasil urgente, Dilma presidente” -pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador deve enfrentar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), do PT.
Houve tumulto na saída do carro oficial. Os manifestantes jogaram o ovo, que resvalou no capô, e tentaram obstruir a saída do veículo e estender um faixa com palavras como “Professor na rua; Serra, a culpa é sua”.
Foram contidos por seguranças do governador e reagiram com socos e pontapés. Foi preciso que a Polícia Militar interviesse para apartar seguranças e manifestantes, alguns deles munidos de pedaços de paus.
Amanhã à tarde, a Apeoesp realiza assembleia na av. Paulista para decidir se os professores continuarão ou não a greve. O principal pedido dos grevistas é um reajuste salarial de 34,3%.
Segundo o sindicato, a tendência é que a greve continue. “A secretaria [da Educação] não nos recebeu para discutirmos a questão salarial. Ontem [anteontem] voltamos a pedir audiência, mas não tivemos resposta”, diz Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp.
O governo de São Paulo diz que o movimento é político -em razão da provável candidatura de Serra- e que apenas 1% dos professores aderiram à greve. O sindicato nega. Afirma que 60% dos professores participam da paralisação no Estado.
Ontem a reportagem telefonou para 108 escolas estaduais da capital e das regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e São José dos Campos, escolhidas de forma aleatória.
Desse total, 42 foram afetadas de alguma maneira pela greve (38,5%) -em nove nenhum professor trabalhou (8%) e em 33 uma parte não deu aula (30,5%). Em 66 escolas todos os docentes trabalharam normalmente (61,5%).
O governo diz que descontará os dias parados dos grevistas.

VEJA e ria!

VEJA, um importante veiculo de comunicação do Brasil


É através dela que os acadêmicos de Jornalismo aprendem a COMO NÃO SE DEVE FAZER JORNALISMO!!

Dilma vence Serra na pesquisa espontânea divulgada pelo Ibope


do blog: http://www.mulherescomdilma.com.br/
Acordamos hoje com uma boa notícia: a nossa Dilma está apenas a cinco pontos do pré-candidato José Serra, que já concorreu à presidência em 2002. Curiosas, fomos buscar a pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada pelo Ibope. Na pesquisa espontânea, em que o entrevistador não cita nenhum nome e pede ao eleitor que diga em quem votaria, Dilma está 4 pontos à frente de Serra – 14% a 10%. Considerado apenas o eleitorado feminino, Dilma obteve 11% e Serra 9%. 
Outro dado positivo vem na pesquisa estimulada, ou seja, quando o pesquisador indicou o nome dos pré-candidatos. De dezembro até março, a vantagem de Serra sobre Dilma desabou de 21 pontos para apenas cinco. Dilma subiu 13 pontos percentuais – de 17% para 30% das intenções de votos. José Serra, por sua vez, perdeu três pontos no mesmo período, caindo de 38% para 35%. Alem disso, o índice de rejeição da ministra caiu de 41% para 27%.
Dilma cresceu junto aos eleitores de todas as regiões. No Nordeste, 69% dos entrevistados declararam que votarão nela. A pesquisa, em que IBOPE entrevistou 2002 pessoas em 140 municípios, informa também que a possibilidade de crescimento de Dilma, pela popularidade do presidente Lula, continua alta. Nada menos do que 53% dos eleitores afirmaram que vão votar no candidato apoiado pelo presidente Lula, ou seja, na nossa ministra Dilma.
Mas, pasmem! Apesar de uma mulher aparecer, pela primeira vez, no topo nas intenções de voto. A maioria dos eleitores de Dilma são homens. Na pesquisa estimulada, por exemplo, 36% deles disseram que preferem a Dilma para presidente, contra 25% das mulheres. Vamos reagir, mulheres!

http://www.cni.org.br/portal/data/pages/FF80808121B718120121B73D14D55859.htm#Conteudo

O rosnar golpista do Instituto Millenium


Donos da mídia criticam participação popular e regras para setorNão é bom subestimar os pitbulls da imprensa brasileira. A direita não costuma se unir apenas para tomar chá com torradas. Só não articulam um golpe por sua legitimidade social ser reduzida.

Vale a pena refletir mais um pouco sobre os significados e conseqüências do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado pelo Instituto Millenium em São Paulo, na segunda-feira, 1º. de março.


A grande questão é: por que os barões da mídia resolveram convocar um evento público para discutir suas idéias? Ta bom, vamos combinar. A R$ 500 por cabeça não é bem um evento público. Mas era aberto a quem se dispusesse a pagar.

No subsolo do luxuoso hotel Golden Tulip estavam o que se poderia chamar de agregados da Casa Grande dos monopólios da informação, como intelectuais de programa e jornalistas de vida fácil. Todos expuseram suas vísceras, em um strip-tease político e moral inigualável. Um espetáculo digno de nota. Nauseabundo, mas revelador.

Uma observação preliminar: os donos, os patrões, os proprietários enfim, tiveram um comportamento discreto e comedido ao microfone. Não xingaram e não partiram para a baixaria. Quem desempenhou esse papel foram os seus funcionários.

Nisso seguem de perto um ensinamento de Nelson Rockfeller (1908-1979), relatado em suas memórias. Quando resolveu disputar as eleições para governador de Nova York, em 1958, falou de seus planos à mãe, Abby Aldrich Rockefeller. Na lata, ela lhe perguntou: “Meu filho, isso não é coisa para nossos empregados”?

Os patrões deixaram o serviço sujo para os serviçais. Estes cumpriram o papel com entusiasmo.

Objetivos do convescote 
Os propósitos do Fórum não são claros. Formalmente é a defesa da liberdade de expressão, sob o ponto de vista empresarial. Quem assistiu aos debates não deixou de ficar preocupado. Aos arranques, os pitbulls da grande mídia atacaram toda e qualquer tentativa de se jogar luz no comportamento dos meios de comunicação.

Talvez o maior significado do encontro esteja em sua própria realização. Não é todo dia que os donos da Folha, da Globo e da Abril se juntam, deixando de lado arestas concorrenciais, para pensarem em táticas comuns na cena política nacional.

Um alerta sobre articulações desse tipo foi feita por Cláudio Abramo (1923-1987), em seu livro “A regra do jogo”, publicado em 1988. A certa altura, ele relata uma conversa mantida com Darcy Ribeiro (1922-1997), no início de março de 1964. “Alertei-o de que dias antes, o dr. Julinho [Mesquita, dono de O Estado de S. Paulo] havia visitado Assis Chateubriand [dos Diários Associados], e que aquilo era sinal seguro de que o golpe estava na rua. Porque a burguesia é muito atilada nessas coisas, não tem os preconceitos pueris da esquerda. Na hora H ela se une”.

Pois no Instituto Millenium estavam unidos Roberto Civita [Abril], Otávio Frias Filho [Folha] e Roberto Irineu Marinho [Globo]. Sem mais nem porquê.

Não se pode dizer que a turma resolveu botar o golpe na rua. Mas é sintomática a realização do evento quase no mesmo dia em que a candidatura de Dilma Roussef empatou com a de José Serra, de acordo com o Datafolha. Ou que ele aconteça quando os partidos conservadores – PSDB e DEM – estejam às voltas com crises sérias.

O que isso quer dizer? Quer dizer que as representações institucionais da direita brasileira estão se esfarelando. Seu candidato não sabe se vai ou se não vai. Apesar de o governo Lula garantir altos ganhos ao capital financeiro, deixando intocada a política econômica neoliberal, este não é o governo dos sonhos da plutocracia pátria. Elas não suportam conviver com a ala popular, minoritária na gestão do ex-metalúrgico. Deploram a política externa, a não criminalização dos movimentos sociais e a possibilidade de um governo Dilma acatar indicações das várias conferências temáticas realizadas nos últimos anos, como a de Direitos Humanos e a de Comunicação (Confecom).

Incômodo com a Confecom
Falar nisso, há um nítido incômodo com os resultados da Confecom. A grande mídia não tolera que o tema da democratização das comunicações tenha entrado na agenda nacional.

A reação a tais movimentações sociais tem mudado substancialmente a imprensa brasileira. Para pior, vale sublinhar. Para perceber isso, vale a pena fazer uma brevíssima recuperação histórica.

Nos anos anteriores a 1964, a grande mídia – O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Globo, Folha de S. Paulo e Diários Associados, entre outros – tornou-se propagandista e operadora do golpe militar. Colheu desgaste e sofreu censura, anos depois.

O primeiro órgão a notar que, para viabilizar seus propósitos empresariais, necessitava mudar de comportamento foi a Folha de S. Paulo. Com um jornal sem importância antes até o inícios dos anos 1970 e acusado de auxiliar o aparato repressivo da ditadura, seus proprietários perceberam que para mudar sua inserção no mercado valeria a pena abrir páginas para a oposição democrática.

Apostando na democratização

O projeto editorial de 1984 do jornal (http://www1.folha.uol.com.br/folha/conheca/projetos-1984-3.shtml) dizia o seguinte:

“A Folha é o meio de comunicação menos conservador de toda a grande imprensa brasileira. (...) É com certeza o que encontra maior repercussão entre os jovens. Foi o que primeiro compreendeu as possibilidades da abertura política e o que mais se beneficiou com ela, beneficiando a democratização. É o jornal pelo que a maioria dos intelectuais optou. É o mais discutido nas escolas de comunicação e nos debates sobre a imprensa brasileira”.

Ou seja, percebendo que a democratização lhe granjeava dividendos comerciais, o jornal deu espaço para lideranças, intelectuais e temas identificados com a mudança, em tempos finais da ditadura.

Topo da pirâmide

Vinte e três anos depois, em 11 de novembro de 2007, a Folha publicaria uma pesquisa sobre seu público, intitulada “Leitor da Folha está no topo da pirâmide social brasileira” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1111200715.htm). Logo na abertura, a matéria destaca:

“O leitor da Folha está no topo da pirâmide da população brasileira: 68% têm nível superior (no país, só 11% passaram pela universidade) e 90% pertencem às classes A e B (contra 18% dos brasileiros). A maioria é branca, católica, casada, tem filhos e um bicho de estimação”.

Saem de cena os “os intelectuais”, “os debates sobre imprensa brasileira” e entram os endinheirados. Do ponto de vista empresarial é isso mesmo. Jornal tem de vender e veicular anúncios a quem tem alta capacidade de consumo.

Mas para atender a essa lógica, movimentações editoriais são feitas. Ao invés de se priorizar um limitado pluralismo anterior, passam-se a criar cadernos e atrações voltados para os novos desígnios do público. E a linha editorial e os colunistas passam a ser cada vez mais conservadores.

A Folha beneficiou-se e soube utilizar em proveito próprio do formidável impulso democrático da sociedade brasileira dos anos 1980. Quase três décadas depois, percebe que a continuidade desse movimento não lhe interessa. E se insurge contra ele, com seus pares empresariais, entrando de cabeça nos fóruns do Instituto Millenium.

Golpe em marcha?

Articulações desse tipo são geralmente danosas à democracia. Sempre que ficam carentes de representações, as classes dominantes (chamemos as “elites” por seu nome real) entram no jogo institucional de forma truculenta e atabalhoada. Buscam impor sua vontade a ferro e fogo, uma vez que as regras do convívio político não lhes interessam mais. Seus impulsos são sempre pela ruptura dessas regras. Pelo golpe.

Foi o que aconteceu na Venezuela, em 2002. Com a falência dos partidos de direita e com a avassaladora legitimidade do governo Hugo Chávez, as oligarquias locais – em associação com a Casa Branca, com a cúpula das forças armadas e com a grande mídia – partiram para a ignorância. E se deram mal.

Não é pouca coisa a afirmação do ex-filósofo Roberto Romano, durante o Fórum do Instituto Millenium: “O aspecto ditatorial do Plano Nacional dos Direitos Humanos passaria em branco, não fosse o descontentamento manifestado pelos militares”. Logo quem o professor de Ética (!) invoca como paladinos da democracia...

A tática golpista vingará por aqui? Pouco provável, pois seus defensores encontram-se isolados. O destempero exibido por alguns palestrantes durante o evento – notadamente Romano, Jabor, Reinaldo Azevedo, Marcelo Madureira, Sidnei Basile, Denis Rosenfield e Demetrio Magnoli – é uma patente demonstração de seu reduzido apoio social.

No entanto, não se pode subestimar essa turma. Como interpretar a delirante intervenção de Arnaldo Jabor, ao dizer que “A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”? Como chegar a tal objetivo se não pela quebra da democracia?

Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

Zé Nosferatu III

Zé Nosferatu conversando com seu amigo Kassado


-" Já transformamos São Paulo numa Transilvânia, agora queremos o Transformar o Brasil!" - Disse nosso vampiro ao seu discípulo!

Zé Alagão Nosferatu II

Zé Alagão em outro fragante

Eita que agora o Zé Alagão ao acordar pensa em como deter o avanço da Dilma Van Helsing nas pesquisas de intenção de voto

Zé Alagão Nosferatu

Zé Alagão num raro momento de descontração


Tem tucano envolvido até com narcotráfico!













Enquanto a guerra suja dos dossiês grassa na mídia, o caso Pavan, por exemplo não tem nenhuma cobertura da mídia nacional. Leonel Pavan, vice-governador tucano de SC, é investigado e processado por tráfico de influência, improbidade administrativa e suspeito de envolvimento com lavagem de dinheiro e narcotráfico. 


O escândalo DEM-Brasília foi substituído nas manchetes dos jornais e capas das revistas pelos factóides BANCOOP, Eletronet-Telebras e Funaro. O grave é que essa operação-dossiês, além da produção de falsas provas, está sendo realizada de comum acordo com os donos dos jornais e redações, com a participação explícita de jornalistas conscientes de que se prestam a fazer serviço sujo mandando às favas os manuais de redação e códigos de ética.


Trata-se, portanto, de uma guerra sem Convenção de Genebra e sem tréguas. Como bem disse Gilberto Carvalho vamos manter o sangue frio, mas não ao ponto de não responder à altura a essa sujeira. Vamos fazê-lo, mas não com os instrumentos da oposição, já que para nós os fins não justificam os meios. Vamos para a disputa política e para a mobilização de nossa militância - o melhor que nós temos enquanto partido. Vamos voltar para de onde viemos: para o povo.

Ibope confirma que Dilma se aproximou


Pesquisa mostra queda da vantagem de José Serra em relação à ministra


Depois do Datafolha, agora foi a vez do Ibope registrar a diminuição da vantagem do governador paulista José Serra (PSDB) em relação às intenções de voto na ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), para presidente da República.



Na pesquisa encomendada ao Ibope pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada ontem, Serra tem 35% da preferência do eleitorado, contra 30% de Dilma. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 11%, e a senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 6%.

A pesquisa foi realizada entre 6 e 10 de março, com 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A diferença entre Serra e Dilma caiu de 21 pontos percentuais, no levantamento anterior, para cinco pontos agora. Em dezembro, Serra aparecia com 38% das intenções de voto, contra 17% de Dilma Rousseff, 13% de Ciro Gomes e 6% de Marina Silva.Image

A pesquisa simulou diversos cenários de segundo turno. Serra vence todos os possíveis concorrentes nas simulações apresentadas. O cenário mais disputado é quando ele aparece com 44% contra 39% de Dilma.
A pesquisa avaliou o potencial de transferência de votos de Lula. Segundo o Ibope, 53% disseram que preferem votar em um candidato apoiado pelo presidente, outros 10% optam por um candidato de oposição e 33% disseram que não levarão a posição de Lula em conta na hora de votar.

A diminuição para cinco pontos percentuais nas intenções de votos, para o seu principal rival, foi recebida com serenidade pela ministra.

– Pesquisa é retrato do momento. Estamos em março, a eleição é em outubro, e ninguém sobe de salto alto – disse Dilma no Triângulo Mineiro.

Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, José Serra disse que não irá comentar resultados de pesquisas até as eleições.

– Eu não comento pesquisa, nem quando estou disparado nem quando não estou. Pesquisa até outubro eu nunca vou comentar, nenhuma.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Trailler do filme do Che Guevara!

Emiliano denuncia Instituto Millenium como "ameaça à democracia"





O deputado Emiliano José (PT-BA) acusou ontem a grande imprensa brasileira de implementar uma estratégia de cunho político, eleitoral e ideológico para enfraquecer o PT, o governo Lula e a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do partido à Presidência da República. “Do caldeirão fumegante do Partido da Imprensa Golpista (PIG) pode sair de tudo, menos qualquer receita que seja de defesa do povo brasileiro”, disse o parlamentar.


Segundo ele, a postura da grande mídia corresponde à prática histórica de agir contra “quaisquer governos progressistas porque sempre foi a favor de privilégios, nunca gostou dos desvalidos, não aceita políticas públicas que beneficiem os mais pobres”. “E por isso não aceita o governo Lula, não aceita o presidente operário, não aceitou Vargas, não aceitou Goulart”, disse.


O parlamentar, que é também jornalista, disse que esta parcela da mídia, sustentada em algumas famílias, é chamada de PIG justamente porque “sempre se perfila ao lado do golpe e contra as instituições democráticas, fingindo-se de defensora das liberdades em geral e da liberdade de imprensa em geral”. Emiliano criticou o Instituto Millenium, entidade integrada pelos barões da mídia e voltada à difusão do ideário neoliberal e conservador.


O instituto promoveu, no dia 1º, um seminário com a participação de ideólogos da direita brasileira, que lançaram uma espécie de ordem unida para orientar a cobertura jornalistica neste ano de eleições. Uma das conclusões dos direitistas é de que o PT seria uma ameaça à democracia.


No entanto, conforme observou Emiliano, é o próprio Instituto Millenium que se constitui ameaça à democracia no Brasil “ao pretender-se a voz única da Nação e ao impedir, ou tentar sempre, a emergência de tantas outras vozes e interpretações da realidade brasileira, ao tentar sempre, quando seus interesses são contrariados, derrubar ou desestabilizar governos legitimados pelas urnas e que defendam os interesses populares”.


“O PT, desde o seu alvorecer, desde o seu nascimento, colocou-se filosófica e politicamente como um partido democrático, postulando, como óbvio, transformações profundas na sociedade brasileira, mas insistindo que tais transformações deveriam se dar no leito da vida democrática, exclusivamente”, disse Emiliano José.


Ele frisou ainda que o PT nasceu como partido de massas, democrático, avesso a quaisquer ditaduras, com espaço amplo para os debates internos. “Nunca teve nada a ver com centralismo democrático ou com ditadura do proletariado. Não pede licença para ser democrático e socialista. Para lutar pela democracia e pelo socialismo. Para não se render a uma mídia nitidamente golpista, contra a qual luta”, disse.


Segundo o parlamentar, a ofensiva midiática tem requentado temas para transformá-los em escândalos, mesmo sem fundamentação. “Retira-se um fato de anos anteriores, coloca-se um título chamativo, e cá estamos nós com um novo escândalo, mesmo que tudo já tenha sido noticiado anteriormente, mesmo que não exista nada comprovado”, observou Emiliano José.


Entre os veículos especializados em distorções e mentiras, citou a revista Veja, “hoje um arsenal ideológico de extrema-direita, articulado com os setores de imprensa mais reacionários do Continente”. Ele lembrou que parte da mídia tentou impedir a eleição de Lula em 2002 e sua reeleição em 2006, sem sucesso. “O PIG espera sempre o suicídio, a renúncia ou a derrota de suas vítimas. É só olhar a história. Não houve isso com Lula. Muito ao contrário. Houve luta e afirmação da vida democrática, luta que contou com a participação decisiva do povo brasileiro”.

terça-feira, 16 de março de 2010

Demoliram a Sede Histórica da UPES




Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Marcelo Elias/Gazeta do Povo / Os próprios estudantes admitem que o terreno foi vendido em 1995, mas alegam que o negócio foi feito de forma irregular


CURITIBA
Demolição da sede da Upes termina na delegacia
Segundo a Polícia Militar, duas pessoas ficaram feridas e outras duas foram levadas à delegacia


A sede da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), uma casa localizada na esquina das ruas Marechal Mallet e Manoel Eufrásio, no bairro Juvevê, em Curitiba, foi demolida na manhã desta sexta-feira (7), em meio a um protesto de membros da entidade que terminou em tumulto. Segundo a Polícia Militar (PM), duas pessoas ficaram feridas e dois homens tiveram de ser levados para a delegacia. As quatro pessoas prestaram depoimento no 4.º Distrito Policial, no bairro Boa Vista, e foram liberadas em seguida.

A confusão começou no início da manhã, quando dois representantes de uma empreiteira que afirmam ser proprietários do imóvel chegaram ao local com um oficial de Justiça para cumprir mandado de reintegração de posse. Os próprios estudantes admitem que o terreno, que pertencia à Upes, foi vendido em 1995, mas alegam que o negócio foi feito de forma irregular.

Segundo Rafael Clabonde, presidente da Upes, uma antiga gestão do movimento aproveitou uma brecha nas normas da entidade e negociou o prédio de forma irregular. “Criaram um congresso fantasma no qual o estatuto da Upes foi alterado”, afirma. “Nossas regras não permitem a venda do imóvel, mas ele foi comercializado pelo preço irrisório de R$ 7 mil na época”.

A entidade pede a posse da sede na Justiça por usucapião, já que ocupa o terreno desde 1950, segundo Clabonde. Em junho de 2008, uma tentativa de reintegração de posse terminou sem sucesso após negociação do proprietário com os estudantes.

Conflito

Ele conta que a Upes não chegou a ser informada da decisão judicial e que os estudantes só ficaram sabendo do que consideram a invasão do terreno porque vizinhos do imóvel os avisaram. “Chegaram aqui por volta das 5 horas da manhã, quando não tinha ninguém, com um caminhão e vários funcionários para retirar tudo”, afirma.

O impasse durou quase toda a manhã e terminou com a retirada de todos os móveis e objetos do prédio e com a destruição de parte das paredes do imóvel. Segundo o presidente da Upes, todo o material foi carregado no caminhão e seria levado até um depósito no bairro Hauer.

Para impedir a saída do caminhão, os militantes chegaram a se colocar na frente do veículo. Por volta das 11h45 a Polícia Militar (PM) foi acionada por conta de um conflito que se iniciou entre as duas partes. Segundo registro da sala de imprensa da PM, dois estudantes que teriam ficado feridos e os dois representantes da empreiteira foram encaminhados ao 4º Distrito Policial, no bairro Boa Vista, para prestar depoimento. Todos foram liberados no início da tarde.

Audiência

Um dos estudantes agredidos teve ferimentos no rosto. “Todos assinaram Termos Circunstanciados que serão encaminhados para o Juizado Especial. No dia 25 de setembro será feita uma audiência do caso. Eles foram ouvidos aqui na delegacia e liberados. Ninguém ficou preso”, explicou o delegado Maurílio Alves, que não soube dizer qual o nome da empresa que fez a demolição da antiga sede da Upes.

Promotor inverte papéis na democracia




A nota em que o promotor José Carlos Blat anuncia que vai insistir na quebra dos sigilos fiscal e bancário do tesoureiro nacional do PT, João Vacccari Neto constitui uma inversão total dos papéis de cada um e de cada instituição em um regime democrático. A quebra dos sigilos foi negada pelo juiz Carlos Eduardo Lora Franco por não haver "indicação clara e precisa de provas".


Na democracia, ao promotor cabe acusar e não investigar ou presidir inquérito. Esse papel é da policia. Assim está também na nossa Constituição. O promotor Blat - que nem devia estar nos quadros do Ministério Público (MP) dado sua história e passado - acusou e o juiz não aceitou sua peça acusatória por inepta, já que ela não passa de um arrazoado político como tantos outros (leia a senteça do juiz).


Só serve para propaganda política via revistas e jornais - e, às vezes, TV - contra partidos e candidatos. O grave no caso é que o MPF já se manifestou sobre a Cooperativas dos Bancários do Estado de São Paulo (BANCOOP) e concordou em firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Esse TAC viabiliza a continuidade da entidade e o cumprimento de suas obrigações com os cooperados, evitando sua falência e o surgimento de esqueletos como os da Encol.


A atual direção da BANCOOP, que Vaccari integrou, não tem responsabilidade sobre o acontecido antes de assumir a presidência da entidade. Pelo contrário, Vacccari contratou uma auditoria, saneou a cooperativa, negociou créditos e a continuidade das obras. Fez de tudo, portanto, para salvar o patrimônio dos cooperados e para entregar os apartamentos.


Sem que isso signifique que todos os cooperados tem que aceitar os termos do TAC, no que lhes é permitido demandar sobre seus direitos na justiça, como acontece em todos os casos semelhantes. No mais, inclusive o amontoado de pseudo "fatos" noticiados nos últimos dias e até hoje (Estadão e O Globo) sobre depoimentos prestados sob condição do benefício da delação premiada, onde aparece uma série de nomes e fatos sobre os quais nunca ouvi falar, é pura luta política.

segunda-feira, 15 de março de 2010

“De olho nas eleições, revista tenta ligar crise da Bancoop com o suposto mensalão de 2005




Paulo Salvador, Rede Brasil Atual

A revista Veja desta semana repete a dose e apresenta uma "conexão entre o caso Bancoop e o mensalão", uma acusação ainda inconclusa, apresentada em várias Comissões Parlamentares de Inquérito, na Câmara Federal, entre 2005 e 2006, da existência de caixa 2, desvio de recursos e financiamento ilegal de parlamentares em troca de apoio.
Veja, desta vez, acusa o presidente licenciado da Bancoop de ser uma figura do mensalão e que "cobrava" um pedágio de 12% de operações entre bancos e fundos de pensão. A revista sustenta a matéria com depoimentos de um milionário doleiro, Lúcio Funaro. E ainda traz a reprodução de três cheques de 2004 e 2005, sob o título cheques à moda petista" que lhe forem entregues pelo promotor José Carlos Blat, em visível quebra do sigilo das investigações. Os dirigentes da Bancoop rebatem que os cheques comprovem qualquer acusação, pois referem-se a pagamento de obrigações e serviços prestados. A Bancoop afirma que nunca realizou qualquer doação a partido.
O que Dilma tem com isso?
A revista estampa uma foto de 18x12 centímetros da ministra Dilma Roussef, pré-candidata petista à presidência da República, porém não há uma linha sobre ela, que é citada indiretamente quando se referem a João Vaccari Neto, como tesoureiro do PT e que poderia ser também o tesoureiro da candidata. Para completar, a revista traz fotos do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e do ex-ministro José Dirceu.
Ao final, a revista surpreende com a seguinte frase "É possível que Funaro tenha mentido sobre os encontros com Vaccari? Em tese, sim. Pode haver motivos desconhecidos para isso". Mesmo nessa dúvida, a revista insiste em ligar os dois fatos, a crise da Bancoop após a morte dos seus dirigentes em 2005 e o mensalão. Por último, de novo, a revista Veja não ouviu os acusados, negando-lhes o direito inalienável de se defenderem.
A publicação e os desdobramentos do noticiário em quase todos os meios de comunicação faz parte de uma estratégia do Instituto Milleniun, que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, e contou com o apoio no fórum de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e que em 1º de março realizou um seminário em São Paulo, dedicando boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.” http://nogueirajr.blogspot.com/